Manaus (AM) – Quem nunca entrou na sala do Enem com o coração na mão? Pois o manauara Ewerton Gomes, 30 anos, viveu um pesadelo ontem (9) na Escola Estadual Professor José Bernardino Lindoso, no Novo Aleixo, zona norte. Ele estava na segunda tentativa de conquistar uma vaga em Psicologia quando, do nada, o relógio digital que levava no pulso deu um “bip” de hora. O detalhe? O aparelho estava guardado dentro do envelope porta-objetos, lacrado, como manda o figurino.
Mesmo assim, eliminação na hora. “Eu uso esse relógio todo santo dia pra trabalhar e estudar. Nem sabia que ele bipava. Se soubesse, tinha deixado em casa”, desabafou Ewerton em vídeo que já está rodando tudo quanto é grupo de WhatsApp e perfil do Instagram aqui em Manaus. Ele conta que a fiscal nem abriu a sacola pra conferir, só mandou ele levantar e sair. “Fiquei indignado, porque eles podiam ter olhado antes”, completou.
Pelo edital do Inep, qualquer som de aparelho eletrônico – celular, relógio, calculadora – é motivo de eliminação automática, mesmo que o objeto esteja no envelope.
A recomendação é clara: tire a bateria ou nem leve. Mas quem nunca esqueceu um detalhe desses na correria? Ewerton não foi o primeiro nem será o último. Todo ano tem história de celular tocando no silencioso, sensor de glicemia apitando ou, agora, relógio traindo o dono. No Amazonas, mais de 110 mil candidatos fizeram a prova ontem, e o caso dele já virou o assunto do momento nas redes. Tem gente rindo, tem gente com pena, mas todo mundo concordando numa coisa: domingo que vem, dia 16, vai ter muita gente chegando de bolso vazio e pulso pelado.
Enquanto isso, Ewerton agora só resta torcer pra 2026. E quem for fazer o segundo dia já tá revistando até a caneta. Porque, como diria o próprio povo: “Enem não perdoa vacilo”.