Senador Plínio Valério diz que Biden usou a amazônia para fazer campanha e se despede do governo sem cumprir a promessa frustrada de mandar U$ 20 bilhões para o Brasil 

Por Redação Vizinho TV Para o Vizinho TV

20 de janeiro de 2025

POLÍTICA – O governo brasileiro dá adeus as promessas de repasse bilionário para o Fundo Amazônia com a despedida do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, que hoje entrega o cargo para Donald Trump. A Amazônia foi usada por Biden nas campanhas de 2020 e 2024 para se alavancar como grande líder ambiental em contraponto a Trump. 

Em 2020, no debate decisivo, prometeu enviar U$ 20 bilhões, R$ 116 bilhões na época. No início do governo Lula a promessa caiu para U$ 500 milhões que não saíram das intenções. No final das contas, com a Amazônia em chamas, Biden dá adeus com promessas frustradas, é um repasse ínfimo de apenas U$ 50 milhões para combater queimadas e desmatamento.

O senador Plínio Valério (PSDB-AM) lembra que em novembro último, no apagar das luzes de seu governo e em plena campanha da democrata Kamala Harris, Biden pousou em Manaus em um último gesto de proselitismo político, pois sabia que nenhuma promessa de mais ajuda sairia do papel. Na visita assinou um protocolo de ajuda de U$ 50 milhões. Mas de acordo com reportagem do site G1, os responsáveis pelo orçamento no governo Trump sequer sabem o que é o Fundo Amazônia. 

Biden usou as queimadas do governo passado para fazer campanha em 2020. No debate com Trump fez alarde na mídia brasileira ao prometer que organizaria o Mundo para mandar U$ 20 bilhões para o Brasil não queimar mais a Amazônia. Ganhou a eleição e nada.

No governo Lula mandou para cá John Kerry para negociar com a ministra Marina Silva, deslumbrada com os bilhões que viriam para o Fundo Amazônia. Está esperando até hoje – critica o senador Plínio Mesmo com essa coleção de promessas não cumpridas, o governo brasileiro se prepara para desembolsar cerca de R$ 5,1 bilhões dos cofres públicos para sediar a COP-30 no próximo ano, em Belém do Pará. Em editorial, o Estadão apontou que será um “vexame anunciado”, pois, mesmo com a maquiagem em andamento, representantes de mais de 150 países verão o grave déficit de saneamento básico da capital paraense, uma das piores do país.

Já imaginaram se esses bilhões fossem investidos em infraestrutura e saneamento no Pará? A COP-30 no Brasil não será diferente. Servirá de troféu político para alguns, como a ministra Marina Silva, enquanto nós pagaremos a conta de mais essa festa bilionária cujas decisões, de novo, serão contra a Amazônia e o Brasil – prevê Plínio