Procurado: Homem que quebrou o rosto de mulher no Japiim por recusar sexo está foragido em Manaus

25 de junho de 2025 às 14:17 - Horário de Manaus

Por Redação Vizinho TV Para o Vizinho TV

MANAUS (AM) – A Delegacia Especializada em Crimes Contra a Mulher (DECCM) investiga um caso de tentativa de feminicídio ocorrido na manhã da última quinta-feira (20), no bairro Japiim, zona Sul de Manaus. A vítima, Alana Alves da Silva, de 20 anos, foi espancada brutalmente por Luiz Henrique Santos Nascimento, após se recusar a manter relações sexuais com ele.

O agressor está foragido, e a Polícia Civil pede que qualquer informação sobre o seu paradeiro seja repassada, de forma anônima, ao número 190 ou ao 181, da Secretaria de Segurança Pública.

Violência após recusa

Em entrevista ao Portal Vizinho TV, Alana relatou que conhecia Luiz Henrique de conversas antigas, de cerca de dois a três anos atrás. Na noite do ocorrido, após sair de uma festa em uma adega na zona Norte, e estando alcoolizada, decidiu acompanhá-lo até sua casa por medo de voltar sozinha. Ao chegar no imóvel, uma discussão começou no banheiro após ela afirmar que não queria ter relações com ele.

“Quando eu disse que não queria ficar com ele, ele me deu um chute, me jogou no chão e começou a me espancar. Foram vários socos e pisões na cabeça. Achei que ia morrer. Levei três pontos na cabeça”, contou a jovem, ainda abalada, com o rosto inchado e coberto de hematomas.

Vítima foi hospitalizada

Após a sessão de espancamento, Alana foi deixada sangrando no chão da casa. Com ajuda de terceiros, ela conseguiu ir até a residência da ex-sogra, onde recebeu os primeiros cuidados antes de ser encaminhada ao Hospital João Lúcio. Lá, passou por atendimento médico e recebeu pontos na cabeça.

“Eu não lembro direito como saí de lá. Só sei que estava sangrando muito. Não houve tentativa de estupro. Ele me agrediu porque eu disse ‘não’”, reforçou a vítima.

Advogada vai pedir prisão preventiva

A advogada Adriane Magalhães, que representa Alana, afirmou que já protocolou um pedido de prisão preventiva contra Luiz Henrique e que o caso está sendo tratado como tentativa de feminicídio, previsto no artigo 121 do Código Penal, com agravantes da Lei Maria da Penha.

“Ele só parou quando cansou. Ela gritava por socorro e ninguém ajudou. Isso não pode passar impune. Queremos justiça”, afirmou a defensora.

Agressor tenta manipular versão dos fatos

Desde que o caso veio à tona nas redes sociais, Luiz Henrique tem publicado comentários em páginas de fofoca, tentando distorcer os fatos e confundir a opinião pública.

“Ele está mentindo. Mas eu tenho os hematomas, os laudos e minha consciência. Eu sei exatamente o que vivi. Quero justiça”, finalizou Alana.

Investigação segue em curso

A DECCM segue colhendo depoimentos e reunindo provas para fundamentar o pedido de prisão. O caso gerou comoção nas redes sociais e reacendeu o debate sobre a vulnerabilidade das mulheres em situações de violência doméstica e sexual.