Aumento abusivo nos preços dos passaportes do Festival de Parintins gera revolta e questionamentos sobre transparência

11 de novembro de 2025 às 00:41 - Horário de Manaus

Por Redacao VizinhoTV Para o Vizinho TV

Um vídeo produzido por Brena Dianná e Paulo Feitosa vem repercutindo nas redes sociais após expor o aumento expressivo no valor dos passaportes do Festival de Parintins. Em 2024, os ingressos custavam entre R$ 1.200 e R$ 2.000, mas para a edição de 2026, os valores saltaram para R$ 3.000 a R$ 4.800, um reajuste superior a 100% — sem que fosse apresentada uma justificativa detalhada ao público.

De acordo com informações divulgadas, a empresa responsável pelo evento alegou que o aumento se deu por uma “redistribuição de custos”. No entanto, até o momento, nenhuma planilha ou documentação oficial foi apresentada para comprovar tal necessidade.

O caso levanta dúvidas sobre o respeito aos direitos do consumidor. O Código de Defesa do Consumidor (CDC) é claro em relação à transparência e à proibição de aumentos sem causa justa.

O Art. 6º, inciso III, assegura o direito à informação adequada e clara sobre os produtos e serviços. Já o Art. 39, incisos V e X, proíbe a elevação de preços sem justificativa e a obtenção de vantagem manifestamente excessiva.

Além da questão jurídica, o aumento também traz um impacto social significativo. O Festival de Parintins, considerado uma das maiores expressões culturais do Brasil, é um patrimônio do povo amazonense. Com os novos preços, cresce o temor de que o evento se torne inacessível para grande parte da população local.

Como destacou um dos trechos mais compartilhados do vídeo, “o Festival é do povo — e sem o povo, perde o sentido.”