MENU

Alta nos preços do petróleo e ouro são resultado das tensões no Oriente Médio e Ucrânia

Por Redação Vizinho TV Para o Vizinho TV

13 de agosto de 2024

ECONOMIA – Os preços do petróleo e do ouro dispararam recentemente em resposta às crescentes tensões no Oriente Médio e ao conflito contínuo entre Ucrânia e Rússia. Com a demanda por ativos de refúgio aumentando, é provável que os preços do ouro se mantenham em alta, enquanto o mercado de petróleo também enfrenta um impulso de alta devido a preocupações com a escassez de oferta.

Recentemente, tanto o petróleo quanto o ouro registraram aumentos significativos, impulsionados pelas tensões crescentes no Oriente Médio e pela intensificação do conflito na Ucrânia. O Departamento de Defesa dos EUA anunciou planos para enviar um submarino com mísseis para o Oriente Médio, enquanto Israel se prepara para um possível ataque militar do Irã após o assassinato de um líder do Hamas. Este desenvolvimento aumentou as preocupações de que a situação possa evoluir para um conflito regional mais amplo. Além disso, a Rússia iniciou evacuações extensas de civis em Kursk e Belgorod à medida que as forças ucranianas avançam.

Nesta terça-feira, os futuros do ouro na Comex subiram 1,2%, aproximando-se do recorde histórico de mais de US$ 2.500 por onça, registrado em 2 de agosto. Este aumento reflete a crescente demanda por ativos de refúgio em meio às crescentes tensões militares entre Irã e Israel. Da mesma forma, as preocupações com possíveis interrupções no fornecimento fizeram com que os preços do petróleo bruto aumentassem, com os futuros do Brent e do WTI subindo mais de 3%, alcançando US$ 81,77 por barril e US$ 78,25 por barril, respectivamente, marcando seus níveis mais altos em três semanas.

Na sessão asiática de quarta-feira, tanto o ouro quanto o petróleo registraram um leve recuo, com a aversão ao risco diminuindo à medida que os mercados de ações na Ásia, especialmente no Japão, se recuperaram. Apesar deste recuo, é provável que os preços dessas duas commodities continuem sob pressão de alta, dado o ambiente macroeconômico atual.

Ouro segue em segurança no mercado

O preço à vista do ouro atingiu US$ 2.473 por onça na terça-feira antes de recuar para US$ 2.464 por onça na manhã desta quarta-feira, ficando próximo de seu recorde histórico de um mês atrás. Caso a tendência persista, o ouro poderá superar este pico e estabelecer um novo recorde.

Vários fatores estão impulsionando essa alta. Em primeiro lugar, a recente turbulência no mercado aumentou a demanda por ativos de refúgio, à medida que os investidores fogem de ações, especialmente as de tecnologia. Em segundo lugar, os riscos contínuos de um conflito mais amplo no Oriente Médio provavelmente continuarão a apoiar a valorização dos metais preciosos.

Por fim, mudanças macroeconômicas estão reforçando a tendência de alta de longo prazo do ouro. A desaceleração da inflação e a expectativa de um alívio nos aumentos das taxas de juros nas principais economias, especialmente com o Federal Reserve dos EUA amplamente esperado para iniciar cortes nas taxas em setembro, devem pressionar ainda mais o dólar, o que, por sua vez, sustenta os preços do ouro. Além disso, os crescentes temores de recessão em meio ao enfraquecimento dos dados econômicos dos EUA no último mês tornaram o ouro um investimento de refúgio ainda mais atraente.