POLÍCIA – Em um caso chocante de violência ligada ao tráfico de drogas, Gabriela da Silva Pereira, de 16 anos, foi assassinada nesta segunda-feira, 2, após criticar a qualidade da maconha vendida por uma facção criminosa que opera no município de Cáceres, Mato Grosso. A jovem se tornou alvo dos criminosos depois de realizar uma live nas redes sociais, onde reclamou do entorpecente que havia adquirido. Após a transmissão, Gabriela foi torturada e morta. Dois suspeitos foram presos em flagrante.
Segundo o delegado Marlon Nogueira, responsável pelas investigações, a live de Gabriela foi interpretada pelos traficantes como uma “propaganda” para uma facção rival.
“A vítima fez uma live criticando a maconha vendida pela organização criminosa, o que foi visto como um desrespeito à facção e motivo para sua execução”, afirmou Nogueira em comunicado divulgado pela Polícia Civil de Mato Grosso.
Além das críticas à droga, o comportamento da jovem nas redes sociais também contribuiu para sua morte. De acordo com o delegado, Gabriela frequentemente postava fotos fazendo gestos associados a uma facção rival, o que aumentou a animosidade dos criminosos.
O corpo da adolescente foi encontrado em uma rua no bairro Nova Era, em Cáceres, após sofrer uma sessão de tortura. Amarrada e brutalmente agredida, Gabriela foi levada a uma residência no loteamento Jardim Primavera, onde foi torturada antes de ser executada.