Na manhã desta quinta-feira (12), a Polícia Civil do Estado do Amazonas realizou uma coletiva de imprensa para falar sobre o caso da prisão de Renata, Taísa e Layane, envolvidas em uma brutal agressão contra Samara Borges, de 18 anos de idade. A jovem foi espancada violentamente e permanece internada em estado de coma no Hospital João Lúcio, localizado na zona leste de Manaus. O crime ocorreu na noite do último domingo, no bairro Novo Aleixo.

O caso, segundo investigação inicial, teria sido motivado por ciúmes envolvendo relações de amizade. A vítima Samara mantinham laços próximos com uma da autora Renata — que não é irmã das demais envolvidas. Essa autora e a vítima chegaram a morar juntas por um período, mas romperam a convivência por razões ainda não totalmente esclarecidas.
Após o rompimento, essa autora passou a residir com duas irmãs, também envolvidas no caso: Taísa e Layane. A mudança de convivência teria gerado um forte sentimento de ciúmes, especialmente em relação à antiga amizade. Desde então, sempre que os grupos se encontravam, havia trocas de xingamentos e ofensas verbais.
Na noite do fato, a hostilidade verbal evoluiu rapidamente para agressões físicas. Durante o ataque, Samara Borges chegou a convulsionar, mas mesmo assim continuou sendo espancada. O nível de violência foi extremo, resultando em sua hospitalização em estado gravíssimo, sendo entubada e dependente de aparelhos, sem previsão de alta médica.
Segundo a versão apresentada pelas autoras, elas também alegam terem sido vítimas de agressões físicas e verbais durante o confronto. No entanto, até o momento, não há documentos ou provas materiais que sustentem essa versão. A defesa foi acionada e teve a oportunidade de apresentar tais elementos, mas ainda não o fez.
As três autoras estão atualmente presas e à disposição da Justiça. Uma audiência de custódia será realizada para decidir sobre a manutenção da prisão preventiva. Caso seja mantida, elas poderão responder por tentativa de homicídio qualificado — um crime hediondo que pode acarretar penas de até 21 anos de reclusão.
Durante a coletiva, a Polícia Civil destacou a gravidade do caso, o impacto social do crime e reforçou o compromisso com a investigação célere e transparente. As autoras afirmaram estar arrependidas, mas agora o processo seguirá os trâmites legais, cabendo à Justiça a responsabilidade de julgar os fatos com base nas provas apresentadas.