Bebê que “ressuscitou” dentro do caixão não resiste e morre na UTI; veja

27 de outubro de 2025 às 13:51 - Horário de Manaus

Por VizinhoTV Para o Vizinho TV

Um caso que comoveu o Acre teve um desfecho trágico na noite de domingo (26). O recém-nascido de apenas cinco meses de gestação, que havia sido dado como natimorto e resgatado com vida de seu próprio velório no sábado (25), faleceu na Maternidade Bárbara Heliodora, em Rio Branco. A criança era de uma família amazonense, natural de Pauini.

Segundo a Secretaria Estadual de Saúde (Sesacre), a causa da morte foi choque séptico e sepse neonatal, uma infecção generalizada que provocou falência múltipla dos órgãos do bebê. A equipe médica decidiu não transferir a criança para outro hospital devido ao alto risco de agravar seu estado de saúde, que já era crítico, mantendo-o em UTI Neonatal com suporte de aparelhos.

A repercussão do caso

O episódio ganhou atenção nacional após a família descobrir durante o velório que o bebê estava vivo e emitindo sons dentro do caixão. O recém-nascido havia passado cerca de 12 horas dentro de um saco plástico antes de ser resgatado.

O parto ocorreu na sexta-feira (24), após a mãe apresentar sangramento e complicações na gravidez, o que levou à necessidade de um parto induzido. O laudo médico inicial indicou como causa da morte a hipóxia intrauterina, condição em que o feto sofre com deficiência de oxigênio ainda no útero.

A pediatra neonatologista Mariana Collodetti, responsável pelo atendimento no sábado, confirmou que o bebê apresentava gravíssimo estado de prematuridade e necessitava de cuidados intensivos.

Medidas e investigação

Em nota, a Sesacre informou que todos os protocolos de reanimação foram seguidos e que foi aberta uma apuração interna rigorosa, incluindo o afastamento da equipe que realizou o primeiro atendimento, para garantir transparência no processo.

O Ministério Público do Acre (MP-AC) também irá investigar o caso, buscando esclarecer os procedimentos realizados e possíveis responsabilidades.

A história comoveu familiares e profissionais de saúde em todo o país, reforçando a importância de protocolos rigorosos em casos de prematuridade extrema e emergências obstétricas.