Amazonas – Magnilson da Silva Araújo, de 33 anos, foi encontrado com vida na quarta-feira (28), após passar mais de 50 dias desaparecido em uma área de floresta densa no Ramal do Tumbira, localizado no km 44 da rodovia AM-352. A região fica entre os municípios de Manacapuru e Novo Airão, no interior do Amazonas.
O caçador havia desaparecido no dia 7 de abril, durante uma caçada com seus irmãos, na altura do km 50 da mesma rodovia. Segundo relatos da família, ele teria se desorientado na mata e se afastado do grupo. A partir daí, iniciou-se uma extensa operação de busca, conduzida pelo Corpo de Bombeiros Militar do Amazonas (CBMAM), com o auxílio de cães farejadores, voluntários e moradores locais. As buscas se estenderam por mais de dez dias, mas sem sucesso, e acabaram sendo suspensas temporariamente, gerando angústia entre os familiares.
Magnilson foi encontrado por ribeirinhos da comunidade local, desidratado, visivelmente enfraquecido e bastante magro, mas consciente. Imediatamente, os moradores lhe ofereceram água, alimentos e abrigo, além de entrarem em contato com as autoridades. Para facilitar o reencontro com os familiares, o grupo gravou um vídeo e compartilhou nas redes sociais, o que ajudou a localizar os parentes do caçador.
A família, que já havia perdido as esperanças, celebrou emocionada o reencontro. Em uma gravação, uma parente agradeceu pelo apoio e pelas orações:
“Ele tá aqui. Obrigada por todo apoio e oração. Deus botou a mão na vida dele e ele está vivo até hoje”, declarou, em lágrimas.
Após o resgate, equipes do Corpo de Bombeiros retornaram ao local para prestar os primeiros socorros. Magnilson foi encaminhado ao Hospital Municipal de Manacapuru, onde permanece internado em observação, sob cuidados médicos. O quadro de saúde dele é considerado estável.
As circunstâncias de como ele sobreviveu por tanto tempo em uma das regiões mais inóspitas da floresta amazônica ainda estão sendo investigadas. A expectativa é de que, quando estiver em condições, Magnilson possa relatar em detalhes como conseguiu resistir à fome, à sede e aos perigos da selva por mais de 50 dias.