Conheça os policiais e o perito presos por integrar milícia que sequestrava e extorquia em Manaus; veja nomes

29 de julho de 2025 às 15:49 - Horário de Manaus

Por Redação Vizinho TV Para o Vizinho TV

Uma organização criminosa formada por integrantes das forças de segurança do Estado foi desarticulada durante a Operação Militia, deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público do Amazonas (MPAM). A ação resultou na prisão de oito policiais militares e de um perito da Polícia Civil, acusados de integrar uma milícia armada envolvida em roubos, extorsão e sequestros.

Presos na operação:

Os agentes identificados e presos são:

  • Alerson de Almeida Lima (23ª Cicom)
  • Marcílio B. Pantoja, André Luiz Silva de Sá, Alijhone C. Gouveia e Augusto César V. Guimarães (todos da Força Tática)
  • João Bosco de Assis Alves (Cavalaria)
  • Eldon Nascimento de Sousa (CPA Sul)
  • M.A.F. de A., perito da Polícia Civil (prisão temporária)

Todos os policiais militares tiveram prisão preventiva decretada. Já o perito civil foi detido em caráter temporário.

Modus operandi da milícia

As investigações revelaram que o grupo agia de forma altamente organizada e estratégica. Utilizando vários veículos, os criminosos interceptavam e cercavam as vítimas, geralmente ligadas a atividades ilícitas ou com parentesco com criminosos. Usando balaclavas e camisas de manga comprida, os suspeitos ocultavam suas identidades durante os crimes.

As vítimas eram levadas a cativeiros improvisados, onde sofriam ameaças e coações para realizar transferências bancárias sob pressão. Estima-se que o grupo tenha lucrado cerca de R$ 500 mil com os crimes.

Origem da investigação

De acordo com o promotor Armando Gurgel, as apurações começaram após a divulgação de imagens de câmeras de segurança, no dia 14 de fevereiro de 2025, que flagraram um dos sequestros realizados pelo grupo. A veiculação das imagens pela imprensa local encorajou vítimas, inicialmente com medo de retaliações, a prestarem depoimentos e colaborarem com as investigações.

Posicionamento institucional

A Polícia Militar do Amazonas (PMAM) divulgou nota oficial afirmando que os policiais presos não representam os valores da corporação e destacou que está colaborando integralmente com as investigações conduzidas pelo MPAM e pelo Gaeco.

“A PMAM reitera seu compromisso com a legalidade e a ética no serviço público. Não compactuamos com desvios de conduta e adotaremos todas as medidas cabíveis para a responsabilização dos envolvidos”, diz o comunicado.

Desdobramentos

A Operação Militia é considerada um dos maiores golpes contra milícias formadas por agentes públicos no estado. As investigações continuam, e novos desdobramentos não são descartados. O MPAM e as autoridades policiais seguem apurando possíveis envolvimentos de outros servidores e a extensão dos crimes cometidos pelo grupo.