Miguel Oliveira, de 15 anos, conhecido nas redes sociais como “pastor mirim”, foi impedido temporariamente de realizar viagens para pregar, conforme decisão do Conselho Tutelar em conjunto com a igreja Assembleia de Deus – Ministério Avivamento Profético. A medida foi definida após uma reunião realizada na última terça-feira (29), envolvendo os pais do adolescente, representantes da igreja e o próprio Conselho, com o objetivo de discutir os impactos da exposição do jovem nas redes sociais.
Além da proibição de viagens, Miguel deverá retomar as aulas presenciais e manter-se afastado das redes sociais por tempo indeterminado. A decisão visa garantir a proteção integral do menor, conforme previsto no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), preservando tanto seus direitos quanto sua imagem diante da repercussão negativa nas plataformas digitais.
Miguel ficou conhecido nacionalmente por publicar vídeos em que pregava em igrejas e falava sobre temas religiosos com forte convicção. No entanto, algumas de suas falas foram consideradas polêmicas, o que desencadeou uma onda de críticas e ataques nas redes sociais, caracterizando o que se conhece como “cancelamento virtual”.
Diante das ameaças recebidas online, os pais do jovem procuraram a Polícia Civil na segunda-feira (28) para registrar um boletim de ocorrência. Segundo relatos, Miguel vinha sendo alvo de comentários ofensivos e mensagens hostis, o que levantou preocupações quanto à sua segurança emocional e física.
As autoridades envolvidas reforçam que o foco, neste momento, é oferecer suporte psicológico e garantir que o adolescente possa ter uma vida equilibrada, com prioridade na educação e no bem-estar. A igreja, por sua vez, manifestou apoio à decisão e declarou que está comprometida com a proteção e o desenvolvimento saudável de seus membros, especialmente dos mais jovens.
