Construtoras pagam R$ 2.500 fora do AM, mas aqui só R$ 1.500: categoria faz paralisação regal

30 de junho de 2025 às 13:25 - Horário de Manaus

Por Redação Vizinho TV Para o Vizinho TV

Manaus (AM) – Na manhã desta segunda-feira (30), trabalhadores da construção civil realizaram uma manifestação na Avenida Djalma Batista, uma das vias mais movimentadas da capital amazonense. O protesto, que causou lentidão no trânsito, foi organizado com apoio do ex-vereador Sassá da Construção Civil, que não conseguiu se reeleger nas eleições municipais de 2024.

Segundo os manifestantes, entre 20 a 30 obras estariam paralisadas atualmente em Manaus, refletindo a insatisfação da categoria com os baixos salários, a falta de reajustes e a precariedade nos benefícios oferecidos pelas construtoras, principalmente no que se refere à cesta básica.

“O trabalhador de Santa Catarina recebe uma cesta básica que custa cerca de R$ 600. Aqui em Manaus, recebemos uma de R$ 300, e o único aumento que tivemos nos últimos anos foi de 2% na sexta-feira passada”, afirmou Fabrício, um dos trabalhadores presentes no ato.

Os manifestantes também denunciaram a disparidade salarial praticada por grandes construtoras. “É inadmissível que um servente de pedreiro em Manaus receba R$ 1.500, enfrentando o sol escaldante da região, enquanto em outros estados o mesmo profissional chega a ganhar R$ 2.500 pela mesma função, muitas vezes na mesma empresa”, declarou um representante do movimento.

A greve conta com o apoio de sindicatos da construção civil e também de setores de transporte urbano, como o Sindicato dos Motoristas Especiais e Urbanos, que solidarizam-se com as reivindicações por melhores condições de trabalho.

Os trabalhadores deixaram claro que a paralisação não tem previsão de término. Eles exigem a abertura de diálogo imediato com representantes das empresas responsáveis pelas obras. “Queremos que os empresários sentem conosco e respeitem nossos direitos. Caso contrário, a greve continuará por tempo indeterminado”, afirmou um dos organizadores.

Nas redes sociais, a presença do ex-vereador Sassá da Construção gerou polêmica. Internautas criticaram o político, acusando-o de usar a manifestação para se promover politicamente. “Engraçado que ele só aparece depois que perde o cargo. Agora quer ganhar holofote às custas dos trabalhadores”, comentou um usuário em uma publicação que viralizou.