A Fox News denunciou, neste sábado (22), que 70 cristãos foram brutalmente assassinados em Libero, na África. O grupo foi surpreendido por terroristas ligados ao Estado Islâmico, enquanto orava em uma igreja na Vila de Kassanga. Os mulçumanos mataram todos os fiéis dentro da igreja.
Tristan Azbej, Secretário de Estado da Hungria para Ajuda aos Cristãos Perseguidos, postou no X: “Horrorizado ao saber sobre os 70 mártires cristãos decapitados por terroristas em uma igreja… A Hungria se solidariza com os cristãos perseguidos… O mundo precisa reconhecer e agir contra a perseguição aos cristãos.”
Os cristãos “são alvos deliberados”, assim como ” as comunidades cristãs , seus meios de subsistência, líderes religiosos e locais de culto”, de acordo com o relatório da Open Doors International, uma organização sem fins lucrativos baseada na fé que trabalha para conscientizar sobre a perseguição global, visando mobilizar oração, apoio e ação entre os cristãos. Os cristãos estão supostamente se tornando “uma espécie em extinção” lá, diz o relatório.
“Só no ano passado, na Nigéria, houve mais pessoas mortas por causa de sua fé cristã do que em todos os outros lugares do mundo juntos”, disse Ryan Brown, CEO da Open Doors US, à Fox News Digital, acrescentando “para ser mais específico, houve 4.998 cristãos que foram mortos por causa de sua fé na Nigéria no ano passado”.
Em depoimentos registrados para o relatório da Portas Abertas Internacional, intitulado “Sem Caminho para Casa”, ataques contra cristãos teriam sido realizados pelos grupos terroristas islâmicos Boko Haram e Estado Islâmico da Província da África Ocidental, e predominantemente por militantes muçulmanos Fulani, que originalmente eram pastores.
“Quando os homens armados fulani vieram para atacar, eles podiam ser ouvidos gritando ‘Allahu Akbar (Alá é o maior), destruiremos todos os cristãos'”, afirmou um entrevistado no relatório. Outro acrescentou: “Os fulani começaram a atirar, queimando casas. Eles queimaram nossos animais e plantas de milho.”
Outros entrevistados relatam que, em alguns casos, os cristãos estão sendo forçados a se converter ao islamismo para conseguir comida ou para preservar seu sustento.
No período de outubro de 2019 a setembro de 2023, o Observatório para a Liberdade Religiosa na África relata que 16.769 cristãos foram mortos. Partes da Nigéria são relatadas como predominantemente instáveis para pessoas de todas as religiões, mas no mesmo período, 6.235 muçulmanos foram mortos — cerca de um terço do número de cristãos. Diz-se que até 49% da população da Nigéria é cristã.
O relatório destaca como a perseguição forçou os cristãos nigerianos a fugir para outras partes do país e se tornarem Pessoas Deslocadas Internamente (IDPs). “A violência extrema em partes da Nigéria na última década resultou no deslocamento em massa de comunidades cristãs .”
Os cristãos, acrescenta o relatório, “foram alvos de violência, enfrentam duras condições de vida e vivenciam desafios baseados na fé ao longo de sua jornada de deslocamento”.
A situação está piorando. No total, em 2014, o relatório afirma que havia 1,1 milhão de IDPs na Nigéria. “Em 2023, havia 3,4 milhões.”
O pastor cristão Benjamin Barnabas estava caminhando em sua fazenda com sua família quando supostos militantes Fulani “vieram com armas, facões e paus”. O pastor foi espancado. “Perdemos tudo o que eu tinha. Tudo em minha casa e vila foi queimado, fiquei sem nada”.
Ele vive como um IDP em uma pequena tenda há cinco anos. Sua missão, ele diz, é ser um ministro para milhares em um campo de IDP. “Estamos deslocados por causa da violência. As notícias não se importam com isso, estamos permanecendo na escuridão – sendo esquecidos, sendo desconsiderados.”
“O resto do mundo parece estar fazendo vista grossa”, Brown disse à Fox News Digital. “As pessoas não estão falando sobre isso. As pessoas não estão cientes das realidades e, portanto, não estão fazendo nada a respeito.”
Referindo-se aos IDPs cristãos nigerianos, o relatório Open Doors acrescenta que “os deslocados na região centro-norte foram amplamente ignorados. A necessidade supera em muito os atuais compromissos de financiamento por governos internacionais”.
Esses IDPs também relataram “apropriação de terras, que incluiu atacantes permanecendo nas terras pertencentes aos deslocados. Suas terras permanecem destruídas, ocupadas ou desprotegidas pelas forças de segurança.”
O relatório alega que os apoiadores do grupo terrorista islâmico Boko Haram são particularmente vingativos contra os cristãos na Nigéria. “O Boko Haram tem como alvo pessoas que trabalham com a Igreja”, alega um entrevistado, “talvez você tenha uma posição como Secretário, ou tenha qualquer posição na Igreja, você é um alvo. Em cada comunidade, eles têm uma lista de pessoas que estão procurando.”
