O deputado estadual Carlinhos Bessa (PV) solicitou recentemente a retirada de sua assinatura da CPI do Asfalta Manaus, movimento que gerou críticas e questionamentos sobre sua independência política. A decisão, segundo o jornalista Bryan Dolzane, reflete uma postura considerada por críticos como “teleguiada”, sugerindo que o parlamentar não atua de forma autônoma.
“Nos bastidores, sabe-se que Carlinhos Bessa nunca se movimenta sozinho. A aposta é que ele sofreu pressão de forças superiores e ocultas para fazer essa movimentação, demonstrando a mediocridade de sua postura e de seu mandato. A população do Amazonas não pode contar com Carlinhos Bessa para nada!”, afirmou Dolzane.
A CPI foi criada para investigar o uso de R$ 187 milhões enviados pelo Governo do Amazonas à Prefeitura de Manaus destinados a obras de asfaltamento. Especialistas alertam que esses recursos poderiam ter sido aplicados em áreas prioritárias, como saúde, educação e segurança pública, que sofrem com carências crônicas na capital amazonense.
A retirada da assinatura de Bessa reforça a percepção de fragilidade política de alguns parlamentares e levanta dúvidas sobre a capacidade da Assembleia Legislativa do Amazonas (ALEAM) em fiscalizar de forma efetiva a Prefeitura de Manaus, que permanece sob críticas pelo uso dos recursos e pela falta de resultados visíveis para a população. Além de Bessa, os deputados Dan Câmara (Podemos) e Cristiano D’Angelo (MDB) também decidiram retirar suas assinaturas do requerimento da CPI.
Ministério Público Eleitoral abre investigação contra Carlinhos Bessa
A situação do parlamentar se complica ainda mais com a abertura de um Procedimento Investigatório Criminal (PIC) pelo Ministério Público Eleitoral. Ele é suspeito de possível desobediência à Resolução nº 23.679/2022 do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que pode configurar crime de desobediência, previsto no artigo 347 do Código Eleitoral. Caso sejam identificados indícios suficientes de irregularidades, Bessa poderá ser formalmente denunciado.
Além disso, o deputado enfrenta críticas por sua atuação considerada fraca na ALEAM, sem projetos de lei relevantes ou iniciativas efetivas em benefício da população. Especialistas e opositores afirmam que seu mandato é marcado por passividade e dependência de pressões externas, reforçando a percepção de fragilidade política e falta de protagonismo.