Divaldo Franco, referência do espiritismo no Brasil, morre aos 98 anos

14 de maio de 2025 às 15:00 - Horário de Manaus

Por Redação Vizinho TV Para o Vizinho TV

São Paulo – O médium, educador e filantropo baiano Divaldo Pereira Franco faleceu na noite desta terça-feira (13), aos 98 anos, em Salvador (BA). A informação foi divulgada pelo perfil oficial da Mansão do Caminho, instituição espírita e socioeducativa fundada por ele em 1952. Segundo o comunicado, o desencarne ocorreu às 21h45.

O velório será realizado nesta quarta-feira (14), das 9h às 20h, no ginásio da Mansão do Caminho, no bairro Pau da Lima, em Salvador. O sepultamento está marcado para a quinta-feira (15), às 10h, no Cemitério Bosque da Paz, também na capital baiana.

Nascido em 5 de maio de 1927, na cidade de Feira de Santana (BA), Divaldo era o caçula de 13 irmãos. Sua trajetória espiritual começou ainda na infância: segundo sua biografia oficial, ele teve sua primeira experiência mediúnica aos 4 anos de idade, quando teria se comunicado com sua avó materna, já desencarnada.

Em 1947, ao lado do amigo e também espírita Nilson Pereira de Souza (falecido em 2013), fundou o centro espírita Caminho da Redenção, embrião do que viria a ser a Mansão do Caminho – uma das maiores obras sociais e espirituais do país, voltada à assistência de crianças, adolescentes e famílias em situação de vulnerabilidade.

Com uma vida dedicada à doutrina espírita codificada por Allan Kardec, Divaldo Franco tornou-se um dos maiores divulgadores do espiritismo no mundo. Realizou mais de 20 mil palestras (ou conferências), em cerca de 2.500 cidades de 71 países, abordando temas como espiritualidade, ética, educação e valores humanos.

Ao longo de sua trajetória, psicografou cerca de 260 livros, atribuídos a diversos espíritos, entre eles o de Joanna de Ângelis, considerada sua mentora espiritual. Suas obras ultrapassaram os 10 milhões de exemplares vendidos, sendo traduzidas para 17 idiomas. Toda a renda dos livros foi revertida para as obras sociais da Mansão do Caminho.

Além de seu legado espiritual e literário, Divaldo deixa uma obra concreta de amor ao próximo, por meio de programas educacionais, de saúde, cultura e assistência social que beneficiaram milhares de pessoas ao longo de décadas.

O movimento espírita brasileiro e internacional presta homenagens e reconhece o profundo impacto de sua missão de vida.