Dupla fazia tribunal do crime torturando mulher e estuprando adolescentes em Manacapuru; veja detalhes

23 de maio de 2025 às 16:52 - Horário de Manaus

Por Redação Vizinho TV Para o Vizinho TV

Amazonas – Dois homens identificados como Magno Welner da Silva Pereira, de 22 anos, conhecido pelo apelido de “Alemão”, e Breno Souza dos Santos, de 23 anos, foram presos nos dias 20 e 21 de maio, respectivamente, sob acusações gravíssimas que incluem tortura, estupro de vulnerável, tráfico de drogas e participação em organização criminosa. As prisões ocorreram no município de Manacapuru, localizado a 68 quilômetros de Manaus, no estado do Amazonas.

De acordo com informações divulgadas pela Polícia Civil, uma das vítimas é uma mulher de 47 anos que foi brutalmente torturada no dia 14 de abril deste ano. Ela teria passado por um chamado “Tribunal do Crime”, supostamente comandado pelos suspeitos, devido a uma dívida relacionada ao tráfico de entorpecentes. A mulher devia cerca de R$ 3 mil, valor remanescente após já ter pago parte do montante cobrado.

Como forma de punição, a vítima foi submetida a uma sessão de espancamento, recebendo dez violentas pauladas distribuídas por várias partes do corpo. Imagens registradas pelas autoridades mostram os ferimentos em suas mãos e outras regiões, evidenciando a gravidade das agressões.

Além desse caso, os acusados também são investigados pelo estupro de duas adolescentes, de 12 e 13 anos, que eram vizinhas dos suspeitos. Uma das menores foi ainda submetida a atos de tortura, tendo a cabeça raspada por ordem de Magno, que suspeitava que ela havia relatado os abusos à sua esposa.

A Delegacia Especializada em Proteção à Criança e ao Adolescente (DEPCA) e a Delegacia de Manacapuru estão conduzindo as investigações, que apontam ainda que os crimes ocorreram no contexto de atividades ligadas ao tráfico de drogas e à atuação de facções criminosas na região.

Os dois homens permanecem presos e estão à disposição da Justiça do Amazonas. Caso sejam condenados, poderão enfrentar penas severas que somam dezenas de anos de reclusão, dadas a gravidade dos crimes cometidos.

A polícia reforça o pedido para que qualquer pessoa que tenha informações sobre casos semelhantes entre em contato por meio dos canais de denúncia anônima.