Exclusivo: Saiba quem era Kildery Cruz, o jovem esquartejado no Valparaíso, e por que foi morto

10 de junho de 2025 às 04:51 - Horário de Manaus

Por Redação Vizinho TV Para o Vizinho TV

Manaus – Na noite desta segunda-feira (10), um crime brutal chocou os moradores do bairro Valparaíso, na Zona Leste de Manaus. Kildery Cruz, de 20 anos, conhecido pelo apelido de “Pocotó”, foi esquartejado e teve partes do corpo espalhadas na rua Alarico Furtado na zona leste de Manaus.

Segundo informações de moradores e fontes próximas à vítima, Kildery teve um passado ligado ao crime organizado, mas, nos últimos tempos, tentava reconstruir sua vida. Ele chegou a trabalhar na empresa Águas de Manaus e frequentava regularmente uma igreja evangélica na comunidade, indicando um esforço para se afastar da criminalidade.

No entanto, ele vinha sendo ameaçado e, recentemente, escapou de uma tentativa de sequestro nas proximidades da igreja onde congregava. Testemunhas relataram que homens em um carro preto tentaram capturá-lo, mas ele conseguiu fugir.

Kildery era ex-integrante do Primeiro Comando da Capital (PCC), uma das principais facções criminosas do país. A tatuagem de um calango em seu peito, símbolo associado ao grupo, foi cruelmente removida pelos criminosos antes de sua morte. A imagem do ferimento foi publicada nas redes sociais, evidenciando o caráter de intimidação da execução.

Ainda de acordo com informações preliminares, ele teria abandonado o mundo do crime em 2023, mas decidiu retornar recentemente à sua antiga comunidade no bairro Valparaíso – região atualmente dominada pela facção rival, o Comando Vermelho (CV). Esse possível retorno ao local conflagrado pode ter motivado a execução.

Após o crime, criminosos ainda passaram de moto pelo local onde os restos mortais foram jogados, filmando a cena e divulgando os registros nas redes sociais. A crueldade e a exposição pública do crime evidenciam o domínio do tráfico e a guerra entre facções que aterroriza várias comunidades de Manaus.

O caso está sendo investigado pela Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS). A Polícia Civil pede que qualquer informação que possa ajudar na identificação dos autores seja repassada pelo 181, o disque-denúncia da Secretaria de Segurança Pública.