O influenciador Hytalo Santos e o marido, foram denunciados pelo Ministério Público do Trabalho na Paraíba (MPT-PB) por tráfico de pessoas para exploração sexual e por submeter dezenas de vítimas, incluindo crianças e adolescentes, a condições análogas à escravidão.
De acordo com o órgão a maioria das vítimas é do no interior paraibano. O casal se aproveitava da vulnerabilidade social das famílias, prometendo fama, moradia, alimentação e ajuda financeira para atrair crianças e adolescentes.
As vítimas, chamadas pelo casal de “crias”, eram submetidas a uma série de violações graves, como isolamento familiar, controle total da rotina, privação de sono, coerção psicológica, ausência de pagamento, falta de autonomia, confisco de celulares e vigilância constante. Há relatos de que elas também eram forçadas a realizar procedimentos estéticos para aumentar o “apelo sexual”.
Segundo o documento, os dois influenciadores monetizavam a exploração por meio das redes sociais, onde expunham crianças e adolescentes seminuas, usando roupas provocativas e protagonizando danças sexualizadas ao som de músicas com conteúdo sexual explícito. O objetivo seria gerar engajamento e lucro a partir da imagem das vítimas.
O Ministério Público (MP) também apontou possível responsabilidade dos pais e mães dos jovens explorados, ao afirmar que alguns entregaram seus filhos ao casal em troca de benefícios, permitiram a mudança para outra cidade e não acompanharam a saúde e a educação das crianças, ignorando sinais evidentes de exploração.
O processo tramita em segredo de justiça para resguardar informações sensíveis e evitar a revitimização das vítimas.