A Polícia Civil prendeu, na noite de quarta-feira (10), um casal suspeito de produzir e compartilhar vídeos com conteúdo sexual envolvendo uma criança de 3 anos, em Ribeirão Preto (SP). A menina é filha de Leiliane Vitória Oliva Coelho, de 23 anos, que foi detida ao lado do companheiro, Andrey Gabriel Eduardo Bento Zancarli, de 25.
A denúncia foi feita por um homem que mantinha um relacionamento extraconjugal com Leiliane e afirmou ter encontrado, no celular dela, registros que levantaram suspeitas de abuso.
Leiliane deixou a Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) na tarde de quinta-feira (11) e, em meio a lágrimas, afirmou estar arrependida.
“Eu amo a minha filha. Não sei o que deu em mim. Um vídeo estragou tudo. Uma coisa ruim que você faz anula todas as boas. Eu mereço tudo o que vier”, declarou.

De acordo com a delegada Michela Ragazzi, responsável pela apuração, foram encontrados nos celulares do casal arquivos que supostamente mostram cenas de cunho sexual com a criança. O material foi apreendido e será submetido à perícia.
A menina também passará por exame de corpo de delito, e o Conselho Tutelar acompanha o caso.

Os investigadores foram até a casa do casal, onde encontraram Andrey com a criança de 3 anos e um bebê de 4 meses, filho dele com Leiliane. Ambos foram detidos.
A polícia localizou vídeos considerados suspeitos nos aparelhos eletrônicos do casal, que agora serão analisados por peritos.
Ao deixar a delegacia, Andrey afirmou ter cometido um “erro gigantesco”, mas negou que a criança tenha sido violentada.
“A gente não estuprou uma criança, não tocou nela. Sei que foi um erro gigantesco, mas não fizemos nada sexual com ela”, disse à EPTV.
Segundo a Polícia Civil, o casal admitiu ter trocado mensagens com fantasias sexuais, mas negou a prática de atos libidinosos com a menor. A versão, no entanto, será confrontada com o conteúdo dos vídeos e demais provas coletadas.
O casal deve responder pelos crimes de estupro de vulnerável, divulgação de cena de sexo e exploração sexual infantil. Dependendo do resultado das investigações, as penas combinadas podem ultrapassar 30 anos de prisão.
Os dois serão submetidos a audiência de custódia, que irá definir a manutenção da prisão e outras possíveis medidas judiciais.
Enquanto isso, a criança e o bebê permanecem sob monitoramento do Conselho Tutelar, que avalia medidas de proteção.