PRESIDENTE FIGUEIREDO (AM) – Dois homens, de 45 e 55 anos, foram presos pela Polícia Civil do Amazonas (PC-AM), suspeitos de estupro de vulnerável contra duas meninas de 8 e 9 anos. Os crimes ocorreram no município de Presidente Figueiredo, localizado a 117 quilômetros de Manaus. As vítimas são filha e enteada dos suspeitos, respectivamente.
As prisões foram realizadas pela 37ª Delegacia Interativa de Polícia (DIP) do município, com apoio da Polícia Militar do Amazonas (PMAM), da Guarda Civil Municipal (GCM) e do Conselho Tutelar. A PC-AM apresentou os casos em coletiva de imprensa.
Caso 1: pai abusava da filha de 8 anos
No primeiro caso, registrado na comunidade do Canoas, uma menina de 8 anos contou à mãe que vinha sendo abusada sexualmente pelo próprio pai. O relato foi feito na quinta-feira (15), e segundo a vítima, os abusos ocorriam há algum tempo.
O delegado Valdinei Silva, titular da 37ª DIP, informou que a criança foi submetida a exame de corpo de delito, que confirmou a violência. A vítima recebeu atendimento especializado por profissionais do Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas) e está sob acompanhamento do Conselho Tutelar. O suspeito foi preso em flagrante e teve a prisão preventiva mantida após audiência de custódia.
Caso 2: padrasto levou enteada à mata para cometer abuso
O segundo caso aconteceu na comunidade São Salvador, na estrada de Balbina. A vítima, de 9 anos, revelou à mãe que foi levada para uma área de mata pelo padrasto, onde o abuso ocorreu. O comportamento alterado da menina levantou a suspeita da mãe, que questionou a filha e procurou a polícia.
A denúncia foi registrada na Delegacia Especializada em Proteção à Criança e ao Adolescente (Depca), em Manaus, e repassada à 37ª DIP. O suspeito foi localizado em um sítio na zona rural de Presidente Figueiredo e preso em flagrante na sexta-feira (16). A Justiça manteve a prisão após análise do caso.
Crimes de estupro de vulnerável
O estupro de vulnerável é previsto no artigo 217-A do Código Penal Brasileiro e é considerado crime hediondo. A pena varia de 8 a 15 anos de prisão, podendo ser aumentada em casos de reincidência ou quando o autor é responsável direto pela guarda da vítima.
A Polícia Civil reforça a importância da denúncia de crimes contra crianças e adolescentes. Casos suspeitos podem ser comunicados, de forma anônima, pelos números 100 (Disque Direitos Humanos) e 181 (Disque-Denúncia).
As vítimas seguem sendo acompanhadas por psicólogos, assistentes sociais e pelas autoridades competentes, para garantir proteção e suporte durante o processo judicial.
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