Da tribuna do Plenário do Senado o senador Plínio Valério (PSDB-AM) celebrou decisão da Justiça que voltou a autorizar licença prévia para asfaltamento da BR-319, estrada que conecta Manaus a Porto Velho e ao restante do país. Porém, fez novo desabafo contra a postura do governo de não asfaltar a estrada.
“Nem as mortes da Covid, nem os caminhões que passam 10, 15 dias em filas para atravessar os igarapés e rios na BR-319 sensibilizam as autoridades do setor, principalmente a senhora Marina Silva, que continua com sua irresponsabilidade, insistindo que queremos a estrada para passear, negando as imagens que mostram o calvário que sofremos. Graças ao fato de a estrada estar trafegável, mesmo com o barro, Manaus não colapsou. Esses caminhões trazem alimentos, medicamentos e levam insumos da Zona Franca. Ela é primordial, e essa senhora teima. Isso já está passando dos limites. Não dá mais para suportar. É tripudiar sobre a nossa situação”, pontuou o senador.
A determinação é do desembargador Flávio Jardim, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1), que derrubou, nesta segunda-feira (7), decisão liminar que suspendeu a reconstrução e asfaltamento do trecho central da BR-319. Para Plínio Valério, a autorização para a continuidade das obras é “histórica”.
“É uma decisão de significado histórico. O desembargador Flávio Jardim liberou o prosseguimento do processo de licenciamento para pavimentação e restauração da BR-319. Sem ela, prevalece o isolamento, a impossibilidade de trânsito”, disse.
Durante o pronunciamento, Plínio criticou ONGs financiadas com recursos internacionais que, segundo o parlamentar, tentam barrar o progresso da região. O senador também manifestou insatisfação com a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, por, de acordo com ele, trabalhar contra o asfaltamento da estrada.
“As ONGs estão aí com seu poder paralelo a dominar a Amazônia e nos dizer o que podemos ou não fazer”, disse.
Senador que mais defende o asfaltamento da BR-319, o senador lembrou que a obra não é favor, mas um direito da população. Enquanto isso, as filas de caminhões se acumulam na estrada.