O senador Plínio Valério (PSDB-AM) criticou, nessa semana, os contratos firmados entre o Ministério dos Povos Indígenas e a multinacional Ambipar , que envolve o acesso a 14% do território brasileiro, com ênfase na região Amazônica.
“Esse negócio do Ministério dos Povos Indígenas com a multinacional Ambipar para abrir as portas de 14% do território nacional, principalmente na Amazônia, é tudo que as ONGs que atuam contra os interesses do Brasil querem. Não podemos permitir”, escreveu o senador em sua publicação.
O protocolo de interesse firmado entre a Ambipar, multinacional brasileira especializada em soluções ambientais, e o Ministério dos Povos Indígenas durante o Fórum Econômico Mundial em Davos, na Suíça, visa fortalecer a gestão territorial indígena por meio de ações focadas no desenvolvimento sustentável e na prevenção de emergências climáticas.
A parceria, que abrange quase 1 milhão de quilômetros quadrados de territórios indígenas — ou que representa 14% do território nacional — foi firmada durante o Fórum Econômico Mundial.
Em um vídeo, Valério reforçou a ideia de que o acordo representa uma ameaça à soberania do país e destacou que as organizações não governamentais (ONGs) que operam contra os interesses do Brasil podem se beneficiar dessa situação.
O parlamentar considerou o contrato como uma questão crucial para o Brasil e afirmou que está tomando medidas para evitar que isso aconteça. Ele alertou que, caso o protocolo entre o Ministério dos Povos Indígenas e a Ambipar seja efetivado, uma parte significativa do território nacional ficará sob controle da multinacional.
“Você pode até não achar, mas eu vou insistir. Essa questão da Ambipar, do território brasileiro cedido para uma multinacional, é um assunto importante. Você não pode deixar esse assunto morrer, e eu tampouco, como senador da República. A Ambipar, sim, vai tomar conta de 14% do território nacional, se nós não abortarmos isso. E nós temos que melar enquanto eles estão dizendo que não é bem isso, não mostra o documento do protocolo de interesse.”
Ação no Senado
O senador também informou que pretende apresentar requisitos no Senado para que o caso seja considerado ao nível federal, ressaltando que a questão envolve a segurança nacional, dado que o território indígena, que contém grande parte das riquezas naturais do Brasil, estaria em risco.
“A gente tem que ir, tem que mexer, tem que fazer um escarceu, e eu estou fazendo. Já ordenamos a denúncia à Procuradoria Geral da República, nós vamos à Polícia Federal, ao Ministério Público Federal, e vamos fazer requerimento aqui para passar no Senado. Em nome do Senado, vamos fazer o que for preciso”, afirmou.
“Esse pessoal não vai levar conta do Brasil, não vai levar conta da Amazônia, porque isso faz parte desse trabalho das ONGs. Isolaram-se, detectaram, souberam o que é, e agora vão levar conta do território indígena, que é onde está a maior riqueza do Brasil. É uma questão de segurança nacional. Nós estamos juntos”, finalizou o senador.