Protesto dos aplicativos promete parar Manaus no dia 10: “Prefeitura quer nos proibir de trabalhar”; entenda

06 de junho de 2025 às 18:08 - Horário de Manaus

Por Redação Vizinho TV Para o Vizinho TV

Manaus – Uma paralisação em larga escala está programada para ocorrer na próxima segunda-feira, dia 10 de junho, às 8h da manhã, em frente ao antigo Decreto, na Via Torres, em Manaus. A mobilização, organizada por motoristas e motociclistas que atuam por meio de plataformas digitais como Uber, 99 e InDrive, visa protestar contra medidas adotadas pela Prefeitura de Manaus e pela Câmara Municipal que, segundo os organizadores, colocam em risco o trabalho dos profissionais de duas rodas.

O motivo principal da manifestação é a tentativa de proibir a operação de mototáxis por aplicativo dentro dos limites da cidade, permitindo apenas a atuação de profissionais cadastrados como mototaxistas autorizados. A categoria afirma que essa medida ignora a realidade dos trabalhadores por aplicativo e impõe restrições severas, sem promover diálogo com os representantes do setor.

As lideranças de motoristas e motociclistas expressam preocupação com a Lei nº 3.379, especialmente com o Artigo 35, de autoria do vereador Rodney Ramos, que prevê a aplicação de sanções às plataformas digitais que não se adequarem à regulamentação municipal. Segundo os manifestantes, tal medida resultará em prejuízos diretos para os trabalhadores, que correm o risco de perder sua fonte de renda.

“Não somos contra a regulamentação. O que defendemos é uma construção participativa, com escuta ativa das associações e lideranças que atuam no setor. A exclusão dessas vozes demonstra falta de respeito e compreensão da realidade de milhares de trabalhadores autônomos,” afirmou um dos organizadores do movimento.

Os profissionais destacam ainda que a regulamentação imposta afeta não apenas os trabalhadores, mas também os usuários, que verão reduzidas suas opções de mobilidade urbana, especialmente em áreas com menor oferta de transporte público.

A paralisação pretende chamar a atenção da sociedade e do poder público para a importância de um debate amplo e democrático sobre o tema. Os organizadores pedem a revogação do artigo 35 e afirmam que continuarão mobilizados até que haja abertura para diálogo e revisão da legislação.