Manaus (AM) – Um homem identificado como Thiago Santos de Lima, de 31 anos, conhecido como “TH da Zona Leste” ou “Thiaguinho da Zona Leste”, foi executado a tiros na noite desta quinta-feira (24), no estacionamento do flutuante Sun Paradise, localizado no bairro Tarumã, zona oeste de Manaus. Segundo testemunhas, o crime foi cometido por um grupo de aproximadamente 10 homens fortemente armados.
De acordo com informações preliminares, Thiago participava de uma confraternização no flutuante e, ao sair do local, foi emboscado pelos criminosos. Ele foi atingido por vários disparos e morreu ainda no local. Um outro homem que o acompanhava também foi baleado, socorrido em estado grave, mas morreu na manhã desta sexta-feira (25) no hospital.
A motivação do crime teria origem em uma disputa interna no Comando Vermelho (CV), facção criminosa da qual Thiago fazia parte. Segundo fontes da polícia e relatos em grupos ligados ao crime organizado, TH teria se envolvido com a companheira de um traficante conhecido como “Baguidá”, que está atualmente preso. A mulher estaria grávida, e há dúvidas sobre a paternidade da criança, o que teria gerado um clima de tensão e traição dentro da organização.

Logo após o assassinato, circulou um comunicado supostamente emitido pelo próprio Comando Vermelho, em que a facção afirma que “a organização está acima de qualquer membro” e que “cortaremos na própria carne as decepções, punindo sempre o errado”. A mensagem foi interpretada como uma justificativa para a execução, em resposta direta ao que teria sido considerado um “ato de desonra”.
Thiago Santos de Lima era considerado de alta periculosidade e tinha um histórico criminal extenso. Ele foi preso pela primeira vez em 2014, aos 20 anos, e acumulava diversas passagens por homicídio, tráfico e associação criminosa. Segundo o delegado Paulo Martins, da Polícia Civil do Amazonas, Thiago era apontado como um dos principais executores da facção na zona leste da cidade, com atuação intensa no bairro Jorge Teixeira, onde disputava pontos de venda de drogas com rivais.
A Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS) investiga o caso. Nenhum suspeito foi preso até o momento.