Saiba quem é o serial killer que matou três mulheres solteiras e carentes no Amazonas

20 de setembro de 2025 às 02:43 - Horário de Manaus

Por VizinhoTV Para o Vizinho TV

Em julgamento realizado na última quarta-feira (17/09), a Vara Única do Tribunal do Júri da Comarca de Boca do Acre condenou Natan de Melo Furtado, conhecido como “Giban”, a 27 anos e 1 mês de reclusão em regime fechado pelo assassinato de Ana Lúcia Barbosa da Silva. O crime foi tipificado como feminicídio, homicídio qualificado e ocultação de cadáver.

Segundo o Ministério Público do Amazonas (MPAM), Natan é considerado um serial killer, sendo responsável pela morte de outras duas mulheres no estado.

O delegado titular da Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS), Ricardo Cunha, ressaltou o perigo do réu e o padrão das vítimas.

“As vítimas tinham características semelhantes: mulheres acima de 40 anos e solteiras. Ele se aproximava delas, ganhava a confiança, obtinha vantagens e depois as matava de forma brutal”, afirmou o delegado.

A delegada Marília Campello, coordenadora do Núcleo de Combate ao Feminicídio da DEHS, detalhou os crimes:

  • Em Boca do Acre, Natan matou Ana Lúcia Barbosa da Silva em 27 de junho de 2021, e Esmeralda Rocha da Cruz, de 51 anos, em 27 de setembro de 2016.
  • Em Manaus, ele assassinou Leonor Maria Nascimento da Silva, de 57 anos, no bairro Raiz, Zona Sul, em 22 de junho de 2022, desferindo 73 facadas. Segundo a delegada, a terceira vítima não tinha nenhum relacionamento com ele. A filha de Leonor foi quem encontrou o corpo, e imagens de câmeras de segurança registraram Natan saindo do local com objetos da residência.

Frieza e brutalidade

De acordo com a denúncia do MPAM, Natan mantinha um relacionamento extraconjugal com Ana Lúcia e não aceitava o desejo dela de encerrar a relação. No ataque, ele usou um facão para desferir um golpe fatal no pescoço da vítima e, para tentar apagar vestígios, ateou fogo na residência, onde o corpo foi parcialmente queimado.

Durante o julgamento, o Conselho de Sentença acolheu integralmente a tese do MPAM, reconhecendo autoria, materialidade e todas as qualificadoras apresentadas.

“A decisão representa não apenas a responsabilização do réu, mas também mostra uma resposta firme da Justiça no enfrentamento à violência contra a mulher”, declarou o promotor Marcos Patrick Sena Leite.

O MPAM destacou que as provas testemunhais e periciais confirmaram a dinâmica do crime, além da tentativa do réu de encobrir os rastros. A acusação afirmou que a conduta revelou frieza, desprezo absoluto pela vida humana e motivo torpe, fatores que contribuíram para a severidade da pena aplicada pelo Júri.