O senador Plínio Valério (PSDB-AM) tem se destacado no Senado Federal ao cobrar respostas sobre o destino de recursos públicos destinados a organizações não governamentais que atuam no Amazonas. Em ofício enviado em 30 de dezembro de 2024 — o Ofício nº 309/2024/GSPVALERIO —, o parlamentar solicita esclarecimentos sobre valores repassados e a efetividade das ações realizadas pelas entidades.
Segundo o senador, já se passaram quase cinco meses desde o envio do documento, sem que o Senado tenha recebido qualquer resposta. A cobrança de Valério se baseia em informações levantadas durante a CPI, cujos apontamentos seguem sem retorno oficial há anos.
O documento chama atenção para o volume de recursos destinados a ONGs que operam na região amazônica, algumas das quais atuam diretamente em temas sensíveis, como a oposição ao asfaltamento da BR-319, por meio de observatórios ambientais. Uma das entidades mencionadas é a Fundação Amazônia Sustentável (FAS), cujo dirigente foi citado em relatório do Ministério Público Federal do Amazonas (MPF-AM), relacionado a um projeto de crédito de carbono na região do rio Mejuruá — que abrange uma área de 900 mil hectares.
Valério também sugere que instituições como o CIEAM (Centro da Indústria do Estado do Amazonas), a SUFRAMA (Superintendência da Zona Franca de Manaus) e a professora Isabele Nogueira — que tem firmado parcerias com a FAS — se debrucem sobre os dados de repasse e os resultados práticos entregues à população.
A cobrança do senador traz à tona um debate urgente: a necessidade de maior transparência na gestão de recursos destinados à região amazônica e o real impacto das ações promovidas em nome do desenvolvimento sustentável.