Manaus (AM) – A advogada Adriane Magalhães esteve no Hospital 28 de Agosto nesta semana para acompanhar o caso da dentista Dra. Aline, que está internada após ter sido brutalmente agredida pelo próprio marido Adriel de Lima Correa. O agressor, que é servidor da Prefeitura de Manaus, desferiu chutes violentos contra a esposa, causando uma fratura grave que a deixou hospitalizada e à espera de cirurgia.
“Hoje estou aqui ao lado da Dra. Aline, que está internada após ter sofrido uma agressão covarde por parte do próprio marido. Um dos chutes foi tão forte que causou uma fratura no fundo das costas, exigindo uma cirurgia urgente, prevista para ocorrer amanhã. Ela me procurou pedindo ajuda, e eu prontamente me dispus a apoiá-la nesse momento difícil”, relatou a advogada Adriane.
Dra. Aline, visivelmente abalada, relatou que vivia um relacionamento de quatro anos, que se tornou tóxico. Após decidir pela separação, o agressor não aceitou o fim do relacionamento e passou a persegui-la, invadindo sua residência sem consentimento.
“Ele foi até minha casa dizendo que queria conversar. Eu deixei claro que ele não tinha mais esse direito, que ele estava invadindo minha privacidade. Quando peguei o celular para ligar para a polícia, ele me agrediu com um chute no braço, fraturando meu pulso. Como dentista, dependo das mãos para trabalhar, e agora estou impossibilitada de exercer minha profissão”, desabafou a vítima.
Além da agressão física, o agressor ainda levou o celular da vítima – um iPhone 15 Pro Max –, ferramenta essencial de trabalho e comunicação da profissional. O aparelho estava desbloqueado e, segundo relatos, o homem continua utilizando o celular, acessando informações pessoais e profissionais da vítima.
Outro ponto grave relatado por Dra. Aline foi o descaso das autoridades policiais. Ao buscar ajuda em uma delegacia, foi orientada a retornar no dia seguinte, pois “não havia juiz de plantão”. Ela se sentiu completamente desamparada diante da gravidade da situação.
“Eu esperava apoio, uma medida protetiva imediata. Saí da delegacia com a sensação de estar sozinha, enquanto meu agressor seguia impune, com meu celular em mãos e circulando livremente”, concluiu.
A advogada Adriane Magalhães reforçou a urgência de ações mais eficazes por parte do sistema de justiça e o compromisso em garantir proteção às vítimas de violência doméstica. Ela também informou que está tomando as providências legais cabíveis, incluindo a solicitação de medida protetiva, responsabilização criminal do agressor e a recuperação dos bens da vítima.