Vídeo: Acusado de roubar ”Motoqueira Fantasma”, soldador chora por ajuda após ameaças de morte: ”Eu não roubei nenhuma moto”

11 de novembro de 2025 às 14:13 - Horário de Manaus

Por Redacao VizinhoTV Para o Vizinho TV

Manaus (AM)Um soldador de Manacapuru, que optou por não revelar seu nome para proteger a família, desabafou em vídeo emocionante nas redes sociais nesta terça-feira (11), chorando e negando veementemente envolvimento no suposto roubo da motocicleta de Fernanda Lima, a motogirl desaparecida que foi encontrada com vida na noite anterior. Acusado sem provas em páginas de fofoca online, o trabalhador relatou ter recebido ameaças de morte contra ele e seus parentes, o que o levou a um estado de desespero visível no registro.
O vídeo, que já circula amplamente em grupos de WhatsApp e perfis de notícias locais, mostra o homem em seu local de trabalho, soldando ferro, enquanto chora e implora: “Eu não fiz nada de errado, cara. Eu não roubei nenhuma moto”. Ele enfatiza que estava laborando honestamente em Manacapuru, distante de Iranduba local onde Fernanda sumiu no domingo (9) após aceitar uma corrida, e questiona a difamação: “Pegaram a minha família, ameaçaram de morte, ameaçaram fazer coisa errada com ela.
Eu tô aqui no trabalho, não tô em Iranduba, não tô fazendo nada de errado”. A acusação surgiu de postagens que compartilharam sua imagem sem base, ligando-o falsamente à venda de peças da moto Honda CG 160 de Fernanda (placa PHV 5A51), que foram anunciadas na internet durante o desaparecimento.
Fernanda Lima, motorista de aplicativo, foi localizada em segurança na noite de segunda-feira (10), após mobilização de mais de 300 colegas que vasculharam ramais e áreas rurais. Em áudio enviado ao grupo, ela explicou que o sumiço foi voluntário, motivado por exaustão psicológica: “Eu tô bem. Só tô exausta de tudo, minha cabeça tá uma merda, eu só queria longe de tudo e de todos. Me perdoa tá, mana”.
Itens como capa de celular e viseira foram encontrados perto da Ponte Jornalista Phelippe Daou, e o rastreador da moto parou de sinalizar ali, alimentando temores iniciais de crime. No entanto, não há indícios de roubo ou violência, conforme a Polícia Civil. O soldador, vítima de uma onda de fake news durante a angústia coletiva, apelou por justiça e pediu que as páginas responsáveis removam as postagens difamatórias. “Me ajuda, por favor. Eu sou trabalhador, tenho família”, suplicou no vídeo.
A Delegacia de Crimes Cibernéticos (DCCIB) pode investigar as ameaças e a disseminação de informações falsas, que configuram crimes como calúnia e ameaça. Especialistas em direitos digitais alertam para os perigos de julgamentos precipitados nas redes, especialmente em casos de desaparecimento.
O episódio, somado ao acidente na Ponte Rio Negro durante as buscas que deixou seis feridos, destaca os impactos emocionais e físicos da solidariedade mal direcionada. A categoria dos mototaxistas elogiou a união, mas cobra mais equilíbrio em divulgações. Atualizações sobre o soldador e possíveis ações judiciais serão acompanhadas.