MANAUS – O impacto do fechamento de 1/3 dos leitos do Hospital 28 de agosto e a transferência dos doentes para outros hospitais do Estado tem levado o caos ao Platão Araújo e João Lúcio desde que a empresa goiana Organização Social Agir passou a administrar o maior hospital de trauma e ortopedia do Amazonas. Após denúncias do senador Plínio Valério ( PSDB/AM) no Senado cobrando providências dos órgãos de fiscalização de Saúde, pacientes e médicos tem lhe enviado vídeos mostrando o 28 de agosto com corredores vazios e o Platão Araújo com doentes acidentados ou com outros problemas amontoados em macas e cadeiras recebendo soro nos corredores.
É o resultado do início da gestão da empresa de Goiás, contratada pelo Governador Wilson Lima por R$ 2.040 bilhões.
Esse é o resultado do milagre de zerar as filas e internações do 28 de agosto lotando o Platão Araujo e o João Lúcio. Enquanto os médicos amazonenses estão com pagamentos atrasados, essa empresa goiana, que não conhece nada da nossa realidade, já recebeu R$ 33 milhões e vai receber muito mais até um total de R$ 2.040 bilhões. Os relatos do caos hospitalar em Manaus que nos chegam são dramáticos, relata Plínio Valério.
Vejam os alertas feitos por médicos sobre a troca de gestão, redução dos leitos e despejo dos cirurgiões ortopedistas do 28 de agosto nas redes sociais. A médica ortopedista do Instituto de Traumato-Ortopedia do Amazonas (Itoam) Carol Antony Houagen divulgou um áudio e um texto que diz que a população deve apertar os cintos porque a saúde do Amazonas “acabou de regredir muitos passos”.
A ortopedia está entregando nesse momento o Hospital 28 de agosto, depois de 36 anos de atuação aqui e, no momento, com 3 meses de salário atrasado. O Governo trouxe uma empresa de Goiás para assumir a administração da unidade, mandando embora às vésperas de festas de final de ano profissionais do nosso estado que sempre fizeram de tudo para mantê-lo erguido, com ética profissional e cuidados à população! Lembrando ainda do período da pandemia, onde inúmeros profissionais literalmente. Hoje, com essa nova administração, o número de leitos do HPS 28 de agosto se reduz a 1/3 da sua capacidade, assim também como o quantitativo de prestadores de serviço, o que sabemos que em número não atende à demanda da população do nosso estado! Diz a médica.
Em um texto compartilhado no WhatsApp, o médico-cirurgião Ruy Abrahim (CRM 2634) indaga “que governo é esse que passa um patrimônio da Cidade e do Estado comparável, por exemplo, ao nosso Teatro Amazonas, como o HPS 28 de agosto, à administração da iniciativa privada cujo objetivo, justo diga-se de passagem, é o lucro simplesmente e pior, acabando em parte com o mercado de trabalho de dezenas de filhos da terra ou de filhos, isto porque já cancelaram contratos com várias empresas médicas “da terra em prol de profissionais importados de Goiânia sede dá OS!”
