Manaus (AM) – Único senador do Amazonas a se posicionar publicamente a favor do impeachment do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), Plínio Valério (PSDB-AM) voltou a defender a abertura de processo contra o magistrado. Em entrevista ao Portal AM1, o parlamentar afirmou que a medida seria “um remédio amargo” para conter o que considera excessos do Judiciário.
Segundo Plínio, essa não é uma pauta recente. Ele relembrou que já havia protocolado um pedido semelhante em 2019.
“Eu acho realmente importante. Venho dizendo desde 2019: eu já entrei com isso. Nós tínhamos aquela bandeira de Supremo, tínhamos a autonomia do Banco Central, tínhamos ONG, tínhamos Amazonas acima de tudo”, declarou.
Para o senador, parte dos ministros do STF estaria extrapolando suas funções constitucionais.
“Eu já entrei com isso em 2019 porque achei que, para doenças graves, é preciso remédio amargo. O Senado teria que fazer algo amargo para poder voltar a ‘namorar’ com a população”, disse.
Plínio afirmou ainda que a população vê no Senado a “última esperança” para frear abusos.
“A população deposita no Senado a sua última esperança de poder fazer algo em relação aos desmandos de alguns ministros, que invadiram a nossa prerrogativa, legislam, executam e já não julgam mais, eles já dão sentença”, completou.
Apesar de reconhecer que a cassação de Alexandre de Moraes dificilmente teria votos suficientes para aprovação, Plínio acredita que apenas pautar o tema já teria relevância política.
“Até se você perguntar ‘dá para caçar o Alexandre de Moraes?’, eu acho que não passaria nos votos, mas só colocar em votação já seria importante”, afirmou.
Entre os três senadores do Amazonas, apenas Plínio Valério defende o impeachment de Moraes. Omar Aziz (PSD) já se declarou contra, enquanto Eduardo Braga (MDB) afirmou que a decisão de abrir o processo cabe ao presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil).
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