A prisão de Simon Danilo Amoedo Pimentel, de 36 anos, trouxe novos detalhes sobre o assassinato de Marcelly Alexandre da Silva Freitas, de 28 anos, ocorrido na última sexta-feira (12), no Cidade Nova, na Zona Norte de Manaus. O suspeito foi capturado na quinta-feira (18) e é apontado pela Polícia Civil como autor do crime, cometido após meses de perseguição e ameaças contra a ex-namorada.
De acordo com a delegada Marília Campelo, Simon e Marcelly mantiveram um relacionamento conturbado por cerca de um ano e estavam separados havia aproximadamente dois meses. Mesmo após o fim, o homem não aceitava a separação e passou a perseguir a jovem. Marcelly chegou a solicitar medidas protetivas, mas, segundo a polícia, as ameaças continuaram.
As investigações indicam que, no dia do crime, o suspeito atraiu a vítima até a residência dele, localizada na Rua 38, onde ela foi brutalmente agredida. Marcelly apresentava diversas lesões pelo corpo e morreu por asfixia durante a sessão de espancamento.
“Ele estava perseguindo essa vítima. Nós não sabemos exatamente como ele a atraiu, mas ela foi morta dentro da casa dele, após ser violentamente agredida”, afirmou a delegada.
Após o homicídio, Simon solicitou um carro por aplicativo e levou Marcelly até uma unidade hospitalar. Ao motorista, afirmou que a mulher teria ingerido grande quantidade de medicamentos e estaria desacordada. Já no hospital, o suspeito disse que buscaria uma cadeira de rodas, mas aproveitou o momento para fugir, deixando o corpo da vítima dentro do veículo, sem qualquer identificação.
O motorista estranhou a situação, acionou a equipe médica, mas Marcelly já estava morta. A jovem ficou desaparecida por três dias e só foi oficialmente identificada na segunda-feira (15), após buscas realizadas pela família.
Com o avanço das investigações, a polícia chegou até Simon, que acabou preso e confessou o crime. Em depoimento, ele alegou ter agido em legítima defesa, versão contestada pela autoridade policial. “Ele repete o discurso comum em casos de violência contra a mulher, dizendo que foi ameaçado e que agiu para se defender, o que não se sustenta diante das provas”, destacou Marília Campelo.
Marcelly deixa um filho, além dos pais, que cobram justiça e responsabilização do autor do crime.