Corpo de menino morto após comer ovo de Páscoa é enterrado em Imperatriz, no MA; suspeita e ex-mulher do pai

18 de abril de 2025 às 17:39 - Horário de Manaus

Por Redação Vizinho TV Para o Vizinho TV

Brasil – Foi enterrado na manhã desta sexta-feira (18), em Imperatriz, no sudoeste do Maranhão, o corpo do menino Luís Fernando, de 7 anos, que morreu após consumir um ovo de Páscoa supostamente envenenado. O sepultamento ocorreu por volta das 11h, no Cemitério Municipal Bom Jesus, acompanhado por dezenas de pessoas, entre familiares e amigos.

A tragédia também atingiu a mãe de Luís, Maria Lira, e a irmã dele, Evelyn Fernanda, de 13 anos, que continuam internadas em estado gravíssimo no Hospital Municipal de Imperatriz. Segundo as investigações, ambas também ingeriram o mesmo ovo de chocolate.

A principal suspeita do envenenamento, Jordélia Pereira Barbosa, de 35 anos, está presa. De acordo com a polícia, ela teria enviado o doce contaminado por ciúmes, já que é ex-esposa do atual companheiro de Maria Lira.

Jordélia foi identificada após o depoimento do motoboy responsável pela entrega e também do companheiro de Maria. Câmeras de segurança registraram a suspeita em uma loja especializada em chocolates e em um hotel na cidade. Para não ser reconhecida, ela teria usado peruca e óculos escuros.

Na delegacia, Jordélia admitiu ter comprado o ovo de Páscoa, mas negou ter adicionado qualquer substância tóxica. Ela está detida no presídio de Santa Inês, cidade onde mora, e aguarda audiência de custódia ainda nesta sexta-feira (18).

Segundo a polícia, Jordélia deve responder por homicídio e duas tentativas de homicídio. Até o momento, a defesa dela não foi localizada pela reportagem.

As investigações apontam que a suspeita viajou de Santa Inês para Imperatriz na quarta-feira (16), onde teria planejado toda a ação criminosa. Após a entrega do ovo, ela retornou à cidade de origem. A prisão foi realizada com apoio da Delegacia Regional de Santa Inês, assim que Jordélia desembarcou de um ônibus intermunicipal.

Com ela, foram apreendidas duas perucas (uma loira e outra preta), restos de chocolate, medicamentos e bilhetes de passagem — um deles datado de segunda-feira (14), dois dias antes do envio do ovo à família.

“Identificamos o hotel onde a suspeita se hospedou, a loja onde o ovo foi adquirido e o possível local onde ela manipulou o produto. Ainda não sabemos qual substância foi usada, pois o material está sendo analisado”, afirmou o delegado Ederson Martins, adjunto operacional da Polícia Civil.