BRASIL – A professora de Direito da Fundação Getúlio Vargas (FGV-SP), Eloísa Machado, afirmou que as medidas impostas pela Polícia Federal e pelo ministro Alexandre de Moraes contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foram brandas, considerando a gravidade das acusações.
Segundo a jurista, as investigações apontam fortes indícios de obstrução de Justiça, o que, na avaliação dela, justificaria até mesmo a decretação de prisão preventiva.
Os bolsonaristas deveriam estar comemorando, porque obstrução de Justiça, nesse nível, cabe prisão preventiva — declarou Eloísa Machado.
Na última sexta-feira (18), Bolsonaro compareceu à sede da Polícia Federal, em Brasília, para colocar a tornozeleira eletrônica, uma das medidas restritivas determinadas pelo ministro Moraes no âmbito da investigação que apura tentativa de golpe de Estado.
A decisão judicial também incluiu outras medidas, como a proibição de contato com investigados e o bloqueio do passaporte.
A fala de Eloísa Machado repercutiu nas redes sociais e reforça a avaliação de que, apesar da crescente pressão jurídica, o STF tem adotado postura cautelosa diante do ex-presidente.
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