SAÚDE – A infecção pelo HIV ainda é cercada de mitos e desinformação, mas reconhecer os primeiros sintomas pode ser essencial para um diagnóstico precoce e o início do tratamento adequado. Entre os principais sinais iniciais da doença estão febre, cansaço e manchas avermelhadas na pele, que podem surgir entre duas a quatro semanas após a exposição ao vírus.
Os sintomas da fase aguda
A fase inicial da infecção pelo HIV é conhecida como fase aguda ou síndrome retroviral aguda. Durante esse período, que pode durar algumas semanas, o organismo reage à presença do vírus com sintomas semelhantes aos de uma gripe forte. Os mais comuns incluem:
- Febre persistente
- Cansaço excessivo
- Dores musculares e nas articulações
- Garganta inflamada
- Suores noturnos
- Manchas vermelhas na pele (exantema)
- Inchaço dos linfonodos (gânglios)
- Diarreia e perda de peso repentina
Nem todas as pessoas infectadas apresentam esses sintomas, e, em alguns casos, eles podem passar despercebidos. Por isso, a testagem regular é fundamental para quem teve alguma situação de risco, como relações sexuais desprotegidas ou compartilhamento de seringas.
Importância do diagnóstico precoce
O HIV é um vírus que ataca o sistema imunológico e, se não tratado, pode evoluir para a Aids, tornando o organismo mais vulnerável a doenças oportunistas. No entanto, com o avanço da medicina, os antirretrovirais permitem que pessoas vivendo com HIV tenham uma vida longa e saudável.
O diagnóstico pode ser feito por testes rápidos, disponíveis gratuitamente no Sistema Único de Saúde (SUS), e por exames laboratoriais mais detalhados. Quanto mais cedo a infecção for detectada, mais eficaz será o tratamento, reduzindo a carga viral e impedindo a transmissão do vírus.
Prevenção e tratamento
A melhor forma de prevenção contra o HIV é o uso de preservativos em todas as relações sexuais, além da PrEP (Profilaxia Pré-Exposição) para grupos de maior vulnerabilidade. Já a PEP (Profilaxia Pós-Exposição) é indicada para situações de risco e deve ser iniciada até 72 horas após a exposição.
Com informação e acompanhamento adequado, é possível conviver com o HIV sem que a doença evolua para estágios mais graves. A conscientização e o combate ao preconceito também são fundamentais para que mais pessoas busquem o diagnóstico e o tratamento sem medo ou estigma.
Se você teve alguma situação de risco ou apresenta sintomas, procure uma unidade de saúde para realizar o teste. Quanto antes o HIV for identificado, maiores são as chances de manter uma qualidade de vida elevada e segura.