Manaus (AM) – A prisão do vereador Rosinaldo Bual, ocorrida nesta sexta-feira (03/11), continua gerando grande repercussão em Manaus. O parlamentar foi detido após investigação do Ministério Público do Amazonas (MP-AM), que apontou seu envolvimento direto com organização criminosa e tráfico de drogas, instalada dentro do Legislativo Municipal.
O caso não é isolado. O nome de Bual já havia sido citado em polêmicas anteriores, incluindo denúncias relacionadas às eleições municipais de 2024.
Assessor flagrado comprando votos no 1º turno
Durante o primeiro turno das eleições (06/10/2024), o assessor parlamentar de Bual, identificado como Daniel Pinheiro de Souza, de 42 anos, foi preso em flagrante pela 8ª Companhia Interativa Comunitária (CICOM).
A prisão ocorreu após denúncias da população sobre a compra de votos nas proximidades da Escola Municipal São Vicente de Paula, localizada no bairro Compensa, zona Oeste de Manaus.
Ao abordar um veículo Chevrolet Onix preto, a polícia encontrou em posse do assessor:
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R$ 1.500 em dinheiro vivo;
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um aparelho celular;
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diversos santinhos e adesivos de campanha do então candidato Rosinaldo Bual;
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além de listas eleitorais detalhadas, com nome, endereço, número de título, zona, seção e escola de votação dos eleitores — documentos que indicam a prática de aliciamento e compra de votos.
Durante a revista, também foram apreendidos santinhos que traziam a imagem do vereador Rosinaldo Bual ao lado do atual prefeito de Manaus, David Almeida, além de crachás e outros materiais de campanha, reforçando a ligação política entre ambos.
Daniel Pinheiro foi conduzido à sede da Polícia Federal, onde foi lavrado o flagrante.
Reincidência e indícios de esquema maior
Agora, com a prisão de Rosinaldo Bual, cresce a suspeita de que sua base política vinha sendo sustentada por esquemas ilícitos de compra de votos e financiamento do crime organizado.
O caso expõe uma grave mancha na política municipal, revelando conexões perigosas entre mandatos legislativos, tráfico de drogas e corrupção eleitoral.
A investigação deve se aprofundar para identificar outros envolvidos, inclusive possíveis financiadores e apoiadores dentro da administração pública.