Plínio Valério alerta para “tempestade perfeita” e reforça pedido de impeachment de ministros do STF; veja vídeo

22 de julho de 2025 às 16:18 - Horário de Manaus

Por VizinhoTV Para o Vizinho TV

Brasília – O senador Plínio Valério (PSDB-AM) voltou a criticar, nesta semana, a postura do Senado Federal diante do que classificou como uma “escalada autoritária” promovida por ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). Segundo o parlamentar, ele vem, há anos, tentando alertar os colegas da Casa sobre os excessos cometidos pela Suprema Corte, mas sem êxito.

“Nos últimos sete anos, venho tentando alertar a maioria do Senado de que precisamos enfrentar os abusos da nossa Suprema Corte, que deixou de cumprir sua função constitucional para agir de forma persecutória. Assinei pedidos de impeachment, apresentei uma PEC para limitar o mandato dos ministros a oito anos. Mas nada foi feito — e agora a tempestade perfeita chegou”, declarou.

Senado tem responsabilidade constitucional

Plínio destacou que a Constituição Federal é clara ao atribuir ao Senado a responsabilidade de processar e julgar ministros do STF por crimes de responsabilidade, listando sete possibilidades legais. “Há ministros que já preencheram a cartela completa desses crimes”, disparou o senador, sem citar nomes.

Ele também criticou a falta de ação da Casa diante da crescente pressão popular. Um exemplo citado por Plínio foi o arquivamento de um pedido de impeachment assinado por mais de 3 milhões de brasileiros contra um ministro da Suprema Corte.

“Isso é grave. São sinais de um projeto de poder que avança fora dos limites da Constituição, enquanto a maioria do Senado permanece inerte”, afirmou.

“Sou cobrado, mas quem decide é a maioria”

O parlamentar ainda rebateu as cobranças que recebe de eleitores e ativistas que exigem medidas mais duras contra o STF. Plínio explicou que, embora assuma sua parte, as decisões no Senado são tomadas por maioria absoluta, o que tem dificultado qualquer avanço.

“Sou cobrado o tempo todo, e explico que quem decide é a maioria. Um senador sozinho não tem poder de abrir um processo de impeachment contra um ministro do Supremo. É a base da Casa que precisa assumir essa responsabilidade”, reforçou.

Momento decisivo para a democracia

Encerrando sua fala, Plínio reafirmou seu compromisso com a legalidade e com a democracia, e cobrou coragem institucional para enfrentar o momento atual.

“Como senador da República, tenho dever com o povo e com a Constituição. Não fugirei da responsabilidade. Mas é preciso que a maioria desta Casa também assuma sua missão histórica. Estamos diante de um momento decisivo para a democracia brasileira”, concluiu.