Servidores da Educação de Manaus iniciaram um Comando Geral de Greve nesta segunda-feira, 17 de novembro, em um ato de protesto em frente à Câmara Municipal de Manaus (CMM), no bairro Santo Antônio. A mobilização, organizada pelo Sindicato dos Professores e Pedagogos de Manaus (Asprom Sindical), visa impedir a aprovação final do polêmico Projeto de Lei Complementar (PLC) nº 8/2025, que propõe alterações nas regras de aposentadoria dos servidores públicos municipais.
A categoria foi convocada para uma concentração que se estenderá até a próxima quarta-feira, 19, com atividades programadas para os períodos da manhã (a partir das 8h) e da tarde (a partir das 14h). O objetivo central é pressionar os vereadores e o prefeito David Almeida a retirarem ou revisarem o projeto, que já foi aprovado em primeiro turno na semana passada com 30 votos favoráveis e 10 contrários.
PONTO CENTRAL DA CONTROVÉRSIA
O PLC nº 8/2025, que recebeu o apelido de “PL da Morte” pelos manifestantes, é o epicentro do conflito. A proposta eleva a idade mínima e o tempo de contribuição exigidos para a aposentadoria e pensão, medidas consideradas prejudiciais e um retrocesso nos direitos dos trabalhadores.
Apesar da chuva que marcou o início da manhã, a mobilização demonstrou força e engajamento. O presidente do Asprom Sindical, Lambert Mello, fez questão de incentivar a permanência dos grevistas, destacando a importância da união da classe. “Valorizamos quem está sempre na luta, porque esses são indispensáveis à defesa da classe trabalhadora”, afirmou Mello.
REINVIDICAÇÃO DA CLASSE
A principal e mais enfática reivindicação dos servidores é a retirada imediata do PLC nº 8/2025 da pauta de votação da Câmara Municipal. A greve, segundo os manifestantes, não tem prazo para terminar enquanto o projeto não for arquivado ou substancialmente revisado.
Em um protesto anterior, realizado na última quinta-feira, 13, professores já haviam exibido cartazes com os nomes dos vereadores que votaram a favor da proposta, acompanhados de palavras de ordem contra a gestão municipal, como “Fora David”, sinalizando a escalada da tensão política em torno do tema. A continuidade da greve é um claro indicativo de que a categoria não recuará até que suas demandas sejam atendidas.
MM, PL