Manaus (AM) – Durante sessão realizada nesta quarta-feira (28) na Câmara Municipal de Manaus (CMM), o vereador Coronel Rossis (PL) denunciou supostas falhas estruturais e indícios de superfaturamento na obra do Mirante Lúcia Almeida, localizado na avenida 7 de Setembro, no Centro Histórico da capital.
Segundo o parlamentar, a estrutura do mirante apresenta rachaduras que podem comprometer a segurança de moradores e visitantes da região. A denúncia foi motivada por relatos recebidos por Rossis, que decidiu visitar o local acompanhado por dois engenheiros para uma avaliação técnica preliminar.
“Tivemos o cuidado de não fazer um juízo de valor precipitado. Conversamos com especialistas para entender o que realmente está acontecendo”, afirmou o vereador durante a sessão.
Além dos problemas estruturais, Rossis apontou um aumento expressivo no valor da obra. Inicialmente orçada em R$ 45,8 milhões, a construção recebeu um aditivo de 49,94%, totalizando R$ 68,7 milhões.
“Recebi diversas denúncias de que parte da estrutura estaria rachando. Estive no local com engenheiros e, com base nessa visita, estou protocolando uma representação junto ao Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Amazonas (Crea-AM) para que seja feita uma perícia técnica no solo e na estrutura da obra”, disse o vereador.
A obra foi contratada pelo Instituto Municipal de Planejamento Urbano (Implurb) e executada pela empresa Red Engenharia (CNPJ 06.076.452/0001-33), vencedora da Concorrência nº 015/2022. O projeto incluiu a revitalização do Complexo Mirante de São Vicente, abrangendo o mirante na Ilha de São Vicente, o largo adjacente e a Casa Thiago de Melo. A Red Engenharia foi a única concorrente na licitação.
Rossis cobrou uma resposta imediata da Prefeitura de Manaus e alertou para a necessidade de fiscalização mais rigorosa.
“É necessário que o poder público ligue o alerta. Esperamos que não se trate de um caso grave que exija intervenção imediata, mas precisamos de respostas. A prefeitura precisa agir com urgência diante das denúncias”, concluiu o vereador.
Até o momento, a Prefeitura de Manaus e a empresa responsável pela obra não se manifestaram publicamente sobre as denúncias.