Explosões em larga escala atingem diversas regiões do país; governo ucraniano classifica bombardeios como “terrorismo em massa”
MUNDO (UCRÂNIA) – Na madrugada desta sexta-feira (6), a Rússia lançou o maior ataque aéreo contra a Ucrânia desde o início da invasão, em fevereiro de 2022. Segundo as autoridades ucranianas, 452 projéteis — entre drones e mísseis — foram disparados em direção a várias regiões do país, resultando em ao menos quatro mortes e cerca de 50 feridos.
A cidade de Lutsk, no oeste da Ucrânia, foi uma das mais afetadas, com explosões de grande escala. O ataque em massa foi classificado pelo governo ucraniano como “terrorismo em massa”, com pedidos renovados por sanções internacionais mais severas contra Moscou.
Alvos em quase todo o território ucraniano
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, declarou que “quase todo o país” foi alvo da ofensiva russa. Regiões do norte, oeste e centro da Ucrânia foram atingidas, incluindo:
- Volyn
- Lviv
- Ternopil
- Kiev (capital)
- Sumy
- Poltava
- Khmelnytskyi
- Cherkasy
- Chernigov
Em Kiev, quatro pessoas morreram e ao menos 20 ficaram feridas — 16 delas foram hospitalizadas. Outras 29 pessoas foram feridas em diferentes pontos do país.
Arsenal usado pela Rússia
De acordo com o Exército da Ucrânia, o ataque incluiu:
- 407 drones kamikaze Shahed (de fabricação iraniana)
- 45 mísseis, sendo:
- 6 mísseis balísticos Iskander-M/KN-23
- 38 mísseis de cruzeiro Kh-101 e Iskander-K
- 1 míssil antirradar Kh-31P
Apesar da intensidade do bombardeio, as forças de defesa aérea da Ucrânia conseguiram interceptar 370 drones e 36 mísseis, utilizando aviões de combate, sistemas antiaéreos e tecnologias antidrones.
Resposta do Kremlin
O Ministério da Defesa da Rússia afirmou que os ataques foram uma resposta aos “atos terroristas do regime ucraniano”, referindo-se a um ataque recente com drones contra bases aéreas russas. O presidente Vladimir Putin já havia prometido retaliações, destacando que todas as ações militares russas seriam “respostas legítimas” a agressões ucranianas.
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