Rio Grande do Norte – Dez policiais penais da Cadeia Pública de Ceará-Mirim foram afastados de suas funções e realocados para o Complexo Penal Agrícola Dr. Mário Negócio, em Mossoró, por decisão judicial. A medida ocorre em meio a uma investigação, sob segredo de justiça, conduzida pela Secretaria Estadual de Administração Penitenciária (Seap), sobre suspeitas de que os agentes agrediram o preso Igor Eduardo Pereira Cabral, de 29 anos.
O caso ganhou repercussão após Igor, ex-jogador de basquete que representou o Brasil em competições internacionais — incluindo os Jogos Olímpicos da Juventude, em 2014 —, ser preso em flagrante em 26 de julho por tentativa de feminicídio contra a namorada, Juliana Garcia dos Santos, de 35 anos. As agressões ocorreram dentro de um elevador em um condomínio de Natal, onde ele desferiu 61 socos contra a vítima — número confirmado por imagens de câmeras de segurança que viralizaram nas redes sociais.

Juliana foi socorrida e levada ao Hospital Monsenhor Walfredo Gurgel, e a prisão de Igor foi convertida em preventiva. A Polícia Civil do Rio Grande do Norte investiga a tentativa de feminicídio, e o suspeito desativou suas contas nas redes sociais após a ampla repercussão do caso.
No início de agosto, logo após ser transferido para a Cadeia Pública de Ceará-Mirim, Igor denunciou ter sofrido agressões físicas por parte dos policiais penais. A Seap confirmou o afastamento dos envolvidos e declarou: “A Seap reafirma que colabora integralmente para a elucidação dos fatos e que todas as providências necessárias e determinadas pelos órgãos e autoridades estão sendo cumpridas”.
Registros anteriores apontam que Igor já havia se envolvido em brigas físicas em Caicó, no interior do RN. A investigação sobre as supostas agressões prossegue em sigilo, sem prazo definido para conclusão