POLITICA (AM) – A pré-candidata ao Governo do Amazonas, Professora Maria do Carmo (PL), criticou duramente a megaoperação realizada pela Polícia Federal (PF) nos municípios de Humaitá e Manicoré, no Sul do Estado, contra o garimpo ilegal. A ação ocorreu na última segunda-feira (15) e envolveu a explosão de dragas, uso de helicópteros em voos rasantes e bombas de gás de efeito moral, medidas que, segundo moradores, também afetaram a população local.
Maria do Carmo afirmou que não é contra o combate ao garimpo ilegal, mas condenou o que chamou de “excesso de força e espetáculo” durante a operação.
“O garimpo ilegal deve ser combatido, mas jamais causando terror e mais prejuízos para os moradores da região, que inclusive foram intimidados. E justo no dia em que se celebra a padroeira de Manicoré, Nossa Senhora das Dores”, declarou.
Críticas ao governo Lula
Em sua fala, a pré-candidata também direcionou críticas ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), afirmando que o governo federal age de forma “espetaculosa” sempre que o Amazonas busca alternativas de desenvolvimento.
“Parece que sempre que nosso Estado encontra uma forma de se destacar e desenvolver, o governo Lula age para nos prejudicar”, disse Maria, citando a promessa de recuperação da BR-319, além do agronegócio e da exploração mineral.
“Somos um Estado rico, com um povo pobre. Liberar e ordenar atividades extrativistas no Amazonas não pode, mas vender nossa refinaria para a China, sem anuência do Congresso, pode. Privatizar o rio Madeira e fazer o caboclo pagar para navegar nas águas que sempre foram suas também pode, né Lula?”, questionou.
Privatização do Rio Madeira
Maria também criticou o decreto 12.600, publicado no Diário Oficial da União (DOU) em 28 de agosto, que inclui hidrovias no Programa Nacional de Desestatização (PND), entre elas a do rio Madeira.
“A gente já sabe no que isso vai dar: mais uma conta para o nosso povo pagar, enquanto a turma da esquerda lucra com o nosso atraso de vida”, disparou.
“Chega da política do atraso”
Encerrando o discurso, a pré-candidata reforçou que sua proposta é oferecer uma nova visão de política para o Amazonas:
“Chega da política do atraso, do não pode. Precisamos de pessoas que realmente queiram fazer política com ‘P’ maiúsculo, a política do servir e que muda a vida das pessoas para melhor. Essa mudança vai começar por aqui, pelo nosso Estado. É aqui que começa o Brasil e nós vamos juntos fazer o Amazonas ser grande como ele de fato é”, concluiu.