Vídeo: Influencer indígena Max Enawene Nawe solta o “Senta Poca” na aldeia e transforma a aldeia em baile funk

18 de novembro de 2025 às 21:11 - Horário de Manaus

Por Redacao VizinhoTV Para o Vizinho TV

O criador de conteúdo Max Enawene Nawe, um influencer da etnia Enawene Nawe que já soma milhares de seguidores mostrando o dia a dia real da comunidade em Juína (MT), postou o clipe de uma festa improvisada na aldeia e o Brasil pirou entre risadas, memes e um debate acalorado sobre o que significa ser “autêntico” hoje em dia.
Max, que usa as redes pra documentar desde caças e roças até as gírias modernas que chegam na vila, não é novato no rolê digital. Como influencer indígena, ele já viralizou antes com conteúdos que misturam tradição e modernidade, tipo lives sobre rituais ancestrais ou tutoriais de pesca com drone.
Desta vez, o vídeo de 30 segundos  gravado com uma caixa de som potente ecoando o hit funk que tá bombando no TikTok mostra ele e um grupo de indígenas da comunidade se jogando na dança, gingando e rebolando com passinhos sincronizados que rivalizam com os bailes do Rio, só que na terra batida da microrregião do Aripuanã. “Aqui o ‘Senta Poca’ é lei da aldeia!”, parece dizer o clipe, com todo mundo animado como se o cacique tivesse decretado feriado pro rebolado. Max legendou: “Funk na veia, tradição no pé” e aí, o caos começou.
Nas redes, o negócio explodiu em memes e piadas que misturam choque cultural com humor escrachado. Um usuário no Instagram soltou: “Não era assim que eu desenhava vocês na escola. Cadê a lança e a fogueira? Agora é só gravei, dancei e postei!”. Outro, no X (antigo Twitter), foi mais poético: “Por isso tá ruim a chuva esse ano: os Enawene Nawe pararam a dança da chuva e migraram pro ‘Senta Poca’. Culpa do funk, não do desmatamento!”. Tem até montagem de indígenas com fones de ouvido Bluetooth caçando onça ao som de MC Pipokinha.
Mas nem tudo é zoeira: muita gente elogiou a vibe de Max, dizendo que isso prova que indígenas são como a gente – adoram um grave pesado e um vídeo viral, sem precisar de pena no cocar pra se divertir. Como influencer, ele já usou o alcance pra pedir doações após incêndios na aldeia ou pra denunciar invasões de terra, transformando likes em ações reais.O debate, no entanto, foi o tempero que deu o gostinho azedo-doce à história.
Enquanto uns celebram a “modernidade indígena” de Max – mostrando que a cultura evolui, misturando rituais ancestrais com batidão eletrônico –, outros torcem o nariz e soltam o clássico: “Isso é apropriação cultural invertida? Ou só o algoritmo mandando no mundo?”. Especialistas em antropologia, que pipocaram nos comentários, defendem: “É resistência! Os povos originários sempre absorveram o que vem de fora, do metal ao funk. Isso subverte o estereótipo do ‘índio congelado no tempo’ que a escola enfia na cabeça da gente”.
Max, fiel ao seu estilo de influencer resiliente, rebateu os haters com bom humor em stories: “A gente dança o que quer. Amanhã pode ser forró, depois pagode. A aldeia decide a playlist!”.